quarta-feira, 6 de outubro de 2010

TRANSFIGURAÇÃO - Possíveis Conexões II - MAC de 07/10/10 a 07/03/11






















TRANSFIGURAÇÃO




Correspondente na Praça General Osório esquina Comendador Araújo e Travessa Jesuino Marcondes




Fotografia, cera, ouro 24 quilates.60 cm de diâmetro



2010












Como toda verdadeira práxis humana, a arte se situa na esfera da ação, da transformação de uma matéria que deve ceder sua forma para adotar outra, neste projeto, não pretendo alterar a forma da matéria, apenas exteriorizar em uma superfície uma imagem que já está lá, num contexto espaço-temporal, devidamente congelada e sem visibilidade.



Durante a execução e pesquisa para outros trabalhos, uma questão sempre me chamou atenção: a estabilidade histórica das marcas deixadas pela canalização do esgoto desta cidade que cresce e muda.



A minha intenção é participar ativamente destas metamorfoses, deste espaço, que por excelência, se potencializa pela diversidade, densidade, especificidade e pela a razão comunicativa e enfatizar a relação entre a arte e o lugar.



O foco desta ação está na relação de aparência, valor e memória. Esta proposta é uma intervenção, em um contexto já estabelecido historicamente, na tampa do bueiro de esgoto, mais especificamente, segundo minhas pesquisas, o mais antigo e desgastado de 1904.



Esta única peça será trabalhada com cera e pó de ouro 24 quilates. Uma fotografia do tamanho original da tampa do bueiro, antes da intervenção, será fixada no chão do espaço expositivo. A tampa dourada ficará no local atuando como transgressora da ordem cromática da calçada. Uma ironia, um metal nobre como tampa de um continente de esgoto da urbe, além de sair dos cinzas urbanos é também um convite aos nômades urbanos a uma experiência estética improvável, no mapa desta cidade em processo.









Neste link dá para ver a notícia sobre a tampa de esgoto de 1904








Curitiba não foge a esta premissa e conta com movimento intenso nas regiões centrais da cidade. O subsolo destas regiões reflete a vida agitada e apresenta tubulações com as mais diversas finalidades como, por exemplo, atender as demandas de telefonia, gás, luz e televisões a cabo. Muito antes, porém, destas necessidades advindas de um desenvolvimento tecnológico sem precedentes, este subsolo foi escavado com o objetivo de se instalar tubulações destinadas a levar água aos domicílios dos curitibanos e coletar os esgotos por eles gerados. O lançamento da pedra fundamental do reservatório do alto São Francisco, em 1904, dá início ao saneamento de Curitiba. A sua inauguração, em 24 de agosto de 1908 caracteriza o início de operação, conseqüentemente do sistema de distribuição de água que conta com tubulações de ferro fundido cinzento desde então e que ainda mantém a sua integridade física.






segunda-feira, 3 de maio de 2010

ELEMENTO 2: experiências estéticas aos nômades urbanos.




A cidade ocidental, como afirma Sonia Schulz, tem se construído sobre um traçado em constante mutação. A instabilidade é simultaneamente causa e efeito das incessantes invenções de imagens no mundo, sempre expandindo, rompendo e redesenhando os limites da realidade (SCHULZ, 2008:10)
Vejo a cidade como uma figura estética aberta e dinâmica e parto uma segunda etapa com o ELEMENTO, na intenção é sair do espaço expositivo e invadir a cidade, participando ativamente destas metamorfoses, deste espaço, que por excelência, se potencializa pela diversidade, densidade, especificidade e pela a razão comunicativa. A intenção deste é enfatizar a relação entre a arte e o lugar. Serão intervenções do ELEMENTO, em contextos já estabelecidos, atuando como transgressor da ordem ao convidar os nômades urbanos a experiências estéticas me aproveitando dos encontros conflitantes entre os objetos arquitetônicos e os desenhos urbano. Quero interferir - no mapa desta cidade em processo - onde é possível criar espaços férteis para realizar (FOTO 05) discussões sobre o invisível e o visível, memória e sensação. Me interessa saber como a arte pode tornar-se produtiva na promoção de uma maior vivência coletiva e na construção de experiências significativas capazes de motivar o sentido de pertencimento do sujeito ao seu espaço e na sua relação com a sociedade.
SCHULZ, Sônia Hilf. Estéticas Urbanas: da pólis grega à metrópole contemporânea. Rio de Janeiro: LTC, 2008.





fOTO 06

fOTO 08







Foto 09






foto 10



















LOCAIS DA INTERFERÊNCIA (conforme for fixando o ELEMENTO, publicarei os endereços)

Fotos 01 e 02 - Esquina das ruas Dr.Roberto Barrozo e Dom Alberto Gonçalves
Fotos 03 e 04 - Esquina da Av. Des. Hugo Simas e Dr. Richard
Foto 05 e 06 - Santa Felicidade, na Via Vêneto esquina Marcos Mocelin
Fotos 07 e 08 - Dom Pedro II entre Dulcídio e Taunay
Fotos 09 e 10 - Des. Benvindo Valente esquina Domingos Nascimento.